segunda-feira, 19 de outubro de 2009




Nunca fui atingido por tão longo bloqueio criativo; imaginei mil cenas fotografei mil paisagens e nenhuma delas falou-me mais forte do que as mil palavras que me libertariam deste calabouço; algum tempo se passou desde minha última letra em prosa e sigo em um gerúndio que não me solta; escrevo sem pausas e rupturas como o faria Raduan Nassar e mesmo assim encontro-me ofegante como se vivesse com ar demais em minhas narinas incapazes de respirar; sinto-me encarnando a metamorfose da metáfora daquilo que muda e não se cabe mais no mesmo mundo em que se nasceu ainda por esses dias; hoje foi um dia que mudou tudo e eu deveria sobre ele escrever mil poesias e mil contos e mil histórias fantásticas sobre o poder daquilo que nos transforma o ser em mil pedaços diferentes; mas a única palavra que sobrevoa minha cabeça é a fome que me mostra o longo caminho a seguir até que o jardim de minhas ideias ofereçam a mim e ao mundo outras palavras dessas que formam textos inteiros em nossas vidas...

Postado por Diário Halotano.

2 comentários:

Lucas Fernando disse...

Estou no mesmo barco que você, ou estava e me abandonou sozinho no barco hahaha
Um capitão deve afundar junto com o navio, não me abandone marujo

Ricardo Lazok disse...

Nossa, que rainha do drama!
Estou aqui, você aí. Juntos no mesmo barco da inconscistência!
Vem comigo, vou contigo. Sempre. Não é você que escreve tanto sobre o "always"? Pratiquemos.