sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Carta de Despedida.

Amigos, alunos.

Abaixo publico uma carta eletrônica recebida por mim, escrita pela aluna Gabriela Gusmão Barzagli, aluna do Colégio Wellington, da sala do 8ºI, no contexto de minha surpreendente e inesperada saída da referida instituição de ensino.

A carta me emocionou bastante, por sua emoção, carinho e maturidade.

Boa leitura a todos. Em breve ofereço explicações para esta saída do Colégio, tão repentina e indesejada.




Adrian, eu nem poderia descrever como eu e muitos outros alunos, a grande maioria, nos sentimos ao recebermos a notícia de que você não irá mais lecionar no Wellington. Quando eu entrei no colégio um aluno me contou que haviam te despedido, eu até dei risada porque aquilo não seria possível. Poucos segundos depois veio outro aluno, percebi que não era uma brincadeira, e automaticamente comecei a chorar.

Milhares de coisas passaram pela minha cabeça, mas eu realmente não acreditava naquilo que tinha acabado de ouvir. Quando cheguei na sala já estava soluçando. Chorei mais do que pensei que seria capaz, senti mais do que pensei que sentiria. Não era só eu que chorava, parece até que o colégio está de luto. De qualquer forma, sabemos que você não morreu, ou qualquer outra coisa que nos impedisse de nos reencontrar. Mas o impacto e o buraco que isso nos causou foi tão grande e tão rápido, que a dor e a tristeza foram multiplicadas. Não estávamos prontos. O que mais nos fez pensar é como e porque você nos escondeu isso "Será que ele não queria que sofrêssemos por antecipação?". O sofrimento, por antecipação ou não, veio. Não culpe-se pela nossa tristeza. Apenas fique feliz por saber que você será lembrado como aquele professor que fala com objetos, gosta de meias, meio louco... o amigo.

No dia 26 a sua última aula no colégio foi no 8º ano I, se não me engano. E você parecia tão... normal. Normal para quem não procurava um detalhe. Normal para quem não sabia que aquela era a última vez que o víamos saindo por aquela porta. Dói muito saber que não aproveitamos nossos últimos momentos como aluno e professor. Não sei se seria melhor ou pior termos sido avisados antecipadamente de sua saída, mas sei que sua intenção era de que ninguém saísse (mais) triste. Inevitável. É isso que ganhamos por termos boas pessoas por perto, bons sentimentos, bons momentos: lembranças. Não sou boa com despedidas, mas nunca disse que sou boa com lembranças. Mas saber que as nossas, talvez não todas, são felizes, me anima.

Pelo o que eu soube, foi por motivos pessoais que você teve que sair do colégio, e por mais que seja difícil, todos nós teremos que aceitar sua decisão, não podemos te controlar. Mas é que o amor, não sei se por todas às vezes, é egoísta. E agora tornou-se ainda mais claro de que você é um professor muito amado, e sempre será. Talvez seja drama demais dizer que nossos dias não serão mais os mesmo, mas provavelmente será muito difícil saber que a aula seguinte não é a "aula do Adrian", e sim uma aula de Geografia qualquer. Sem desmerecer nenhum professor que venha a (tentar) te substituir, mas, cara, você é insubstituível. Nos ensinou mais do que História e Geografia, nos ensinou vida. Assim como te disse na última vez que o vi na sala de aula, você é alguém que eu realmente quis (e ainda quero) conhecer de verdade, alguém instigante, interessante. Não me dou por satisfeita.

E nesse simples e-mail, mais do que tudo, eu gostaria de te dizer que espero que os alunos do Colégio Wellington tenham marcado sua vida positivamente, assim como você marcou as nossas. Espero continuar mantendo contato com você, alguém que se tornou tão especial nesses últimos anos. Independente do motivo pelo qual você teve que sair do colégio, desejo do fundo do meu coração que essa mudança seja para melhor, e que você seja feliz em seu caminho. Nem tudo que acaba tem um fim, está presente nos pensamentos, nos sentimentos.

Nós te amamos.

Gabriela Gusmão Barzagli, 8º I




Lágrimas ainda correm meu rosto depauperado. Amo vocês! Quero vocês de volta... Obrigado por tudo!

Adrian Theodor.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Steve Jobs, conectando os pontos ao final da estrada...




Hoje não quero escrever sobre as mudanças que você proporcionou ao mundo inteiro, são inúmeras, incontáveis, magníficas. Apenas deixo esse memorial, dizendo que todo o meu mundo foi transformado pelas tecnologias que criou. Desde 2009 meu mundo gira em torno dos ícones de um iPhone, depois outro, depois outro. Hoje, defino amores inteiros dentro deste contexto de redes sociais, mobilidades, mídias, tecnologia, consumo, gadgets e você.

Steve Jobs, muito obrigado, mesmo. O seu sucesso abalou meu mundo, minhas próprias conquistas pessoais e meu modo de pensar a sociedade contemporânea. Não sei nada sobre como sobreviverá o mundo após suas criações, afinal o novo, como você mesmo já disse, está dentro de nós, alguém tomará seu lugar como ícone, ídolo, símbolo. Todavia sei que, hoje, meu mundo, é, mais uma vez, transformado por você, ficando mais triste com sua partida.

Todavia, a inovação está aqui. E decido viver minha própria vida. Somente para dar lugar aos outros, também no momento de minha morte, a maior invenção da vida, que dá lugar à renovação, por entre meus dedos, seja ela real ou metafórica.

[...Nosso amor é muito de autoria do Jobs! E as fotos, vídeos, dms, instagram, bump dando certo ou não... Ai, dói ): ...]