quarta-feira, 27 de maio de 2009


Foto: Fabricio Remigio


Playing: Nick Stokes at CSI - Grave Danger.
It was Christmas in Las Vegas, when the locals take the town
Theresa hit a streak and laid her waitress' apron down

In her room after New Years at the Thunderbird Hotel
On the back of a winning keno card they found this living will
My friends get all my money -- may they always have enough
To my enemies I leave my luck -- only maybe not quite so tough
The dealers get my "bones" -- may they keep 'em on a roll
The Devil's had my body, now may the Good Lord take my soul
So do not try to find me, for I will not be found
I'm gonna keep this stake alive -- I'm headed out of town

Era uma noite de natal. Não uma qualquer, com árvores, neve importada e papai noel da coca-cola. Sim uma noite de natal em Las Vegas, quando os locais tomaram a cidade... Minha estada era no Imperium Motel, enquanto esperava para filmar a mais grandiosa noite da vida de Las Vegas, não da minha.

As apostas eram altas, todavia nenhum estrangeiro podia participar delas. Somente os locais - estranhos em terra familiar, no cotidiano absurdo do deserto continental - eram permitidos nos jogos noturnos.

Todos os principais cassinos, desde o Mandeley, o Montecarlo, até o Tropicana, ou mesmo os da Strip estavam tomados pela loucura dos locais! Todavia avisaram-se que o Imperium Motel, nunca antes envolvido no mundo da jogatina inconsequente, abria suas portas aos estrangeiros desavisados. Eu e meus amigos fomos para o subsolo e jogamos a noite toda!

Theresa quebrou a banca no poker, gorjeteou sua garçonete preferida e foi se arrebentar no 21. Jorge usou toda sua capacidade matemática para rodopiar muita grana na roleta. E eu? Humildemente lançava moedas em caça-níqueis brilhantes e barulhentos. Ganhamos muito naquela noite, no único cassino ilegal de Las Vegas, onde os estranhos podiam apostar alto.

No meio da noite passeamos por Las Vegas. Dirigimos um utilitário pelas vias do Condado de Clark, afinal somos fãs de CSI. Passamos pela Strip, Lake Mead Boulevard, Tropicana... Os locais nos encontraram ali, roubaram nosso carro, nossa grana e foram-se... Muito depois eu soube que os locais eram amigos de meus "amigos". "Meus amigos levaram todo o meu dinheiro - que eles tenham sempre o suficiente. Aos meus inimigos eu deixo minha sorte - que ela somente não seja tão dura".

Era natal em Las Vegas, os locais tomaram a cidade. Os locais me tomaram os amigos. E eu mantive no alto minhas apostas.

Postado por Diário Halotano.

terça-feira, 26 de maio de 2009




Playing: Jim Halpert.

Vivemos em uma sociedade hipócrita. Sim, acabo de afirmar um clichê, e daí? Somos tão submersos em ideias pseudo-éticas, que a lei da convivência se tornou o "politicamente correto". A proteção da espécie, tão recorrente em noções éticas de relacionamento humano, transformou-se em um corporativismo preconceituoso velado e falso!

Relacionamo-nos como que em espectro, com imagens fraturadas em um espelho que reflete a nós mesmos: mentirosos, falsos, hipócritas. Falamos o que não é nosso. Repetimos e balbuciamos palavras prontas de proteção do diferente, uma espécie de auto-proteção às avessas, que apenas simula uma ética já morte há tempos...

Seguindo este raciocínio, até a comédia perde o sentido. As inversões e misturas entre temas antagônicos, típicas da situação cômica, são logo substituídas por simples ataques frontais ao "politicamente correto".

É duro, mas é assim mesmo. Entretanto, como diria Michael Scott, "isso foi o que ela disse"...

Postado por Diário Halotano.

quinta-feira, 21 de maio de 2009




Qual poderia ser o propósito dos plásticos pendurados, em uma tarde de sol, no verão de 2008, na seção posterior do refeitório de uma grande universidade particular da cidade de São Paulo?

Seriam eles coberturas de mesa? Seriam proteção das camas dos dormitórios? Seriam refletores solares? Capas de cadernos gigantescos? Fonte de reciclagem? Cobertores transparentes, que evitam as carícias secretas dos casais apaixonados e proibidos? Matéria-prima de estufas encubadoras, capas de chuva ou bolsas plásticas super na moda?

Sinceramente... Não faço a mínima ideia do que sejam os plásticos pendurados no varal da seção posterior do refeitório de uma universidade grande da cidade de São Paulo... Todavia, sua colocação elaborada e com aparência de rotina de trabalho me chamou a atenção. Aquelas pessoas da foto, do meu instante fotográfico espião, dão a nós uma impressão de dedicação para com os plásticos transparentes. Eles, os plásticos, são importantes, brilham. O balde azul, próximo ao ponto de fuga da imagem, indicam que os plásticos foram cuidadosamente limpos, estranho... Afinal, para que tanto cuidado, já que nem mesmo sei o uso dos tais translúcidos pendurados? É difícil compreender uma ação empreendida sobre um objeto desconhecido, desvinculado de nossa realidade, ou de nossos sentimentos mais comuns.

Acho que é assim que muitos de nós nos sentimos, quando nos deparamos com o cotidiano trabalhista de nossos chegados, meros conhecidos ou estranhos. Causa-nos espécie a realidade do "outro". Não nos é familiar a dedicação que muitos de nossos semelhantes humanos oferecem às suas atividades corriqueiras...

O que seriam "alunos"; "planilhas"; "redes integradas de informação"; "aulas"; "reuniões"; "pautas"; "resultados"; "arte"; "propaganda"; etc. etc. etc. Aquilo que não é "nosso", é esquisito, meio plástico pendurado na seção posterior do refeitório de uma universidade particular de São Paulo, não é?

Postado por Diário Halotano.

terça-feira, 19 de maio de 2009


Foto: Marcelo Gomes


"Splendid Isolation"

Warren Zevon

I want to live alone in the desert
I want to be like Georgia O'Keefe
I want to live on the Upper East Side
And never go down in the street
Splendid Isolation
I don't need no one
Splendid Isolation
Michael Jackson in Disneyland
Don't have to share it with nobody else
Lock the gates, Goofy, take my hand
And lead me through the World of Self
Splendid Isolation
I don't need no one
Splendid Isolation
Don't want to wake up with no one beside me
Don't want to take up with nobody new
Don't want nobody coming by without calling first
Don't want nothing to do with you
I'm putting tinfoil up on the windows
Lying down in the dark to dream
I don't want to see their faces
I don't want to hear them scream
Splendid Isolation
I don't need no one
Splendid Isolation
Splendid Isolation
I don't need no one
Splendid Isolation


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quarta-feira, 13 de maio de 2009



São Marcos



Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaarcos!!!.

Após 10 anos desde a antológica vitória sobre o Corinthians, nas quartas-de-final da Libertadores de 1999, o goleiro Marcos é, mais uma vez, o herói alvi verde! Isso sem lembrar a Copa mais perfeita já realizada por um goleiro, a de 2002.

Muitos pitaqueiros, jornalistinhas, torcedores rivais e até traidores palmeirenses já haviam enterrado o Marcos, após algumas contusões e o rebaixamento do time. Todavia, como quem nunca morre, o nosso goleiro mostrou quem é Marcos e, mais uma vez, justificou o título de "Santo".

Muitos vivas ao Marcos! Que o time siga firme na Libertadores. E que venha o Boca, queremos vingar os anos de 2000 e 2001!

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domingo, 10 de maio de 2009




Não sei exatamente o porquê, porém, a cada novo ano, somos "paparicados" em um mesmo dia, que se repete, sem pular um sequer... É o tal "dia do seu aniversário". Recebemos flores, parabéns, eu te amo, abraços, mensagens virtuais de pessoas que não conhecemos direito, e assim vai...

Contudo, neste ano de 2009, um ano revelador, de sucessos, bênçãos divinas, a tradição do "feliz aniversário" mudou! Contrariando o costume, recebi bolo, salgadinhos, brigadeiros (e que brigadeiros!) e coca-cola uma semana depois do meu aniversário. Criamos uma nova tradição!

Obrigado, terceirão do Colégio Bom Retiro, pela festa "surpresa". Um beijo enorme a todos vocês! E que possamos continuar a criar novas tradições! Adorei.

Postado por Diário Halotano.



Nem tudo é uma metáfora, portanto, para o estudo de meus alunos, abaixo, encaminho um resumo da aula sobre a 2ª Guerra Mundial:

O post com o resumo sobre a 2ª Guerra mundial deve ser visto em meu outro blog: http://aulaimpressa.wordpress.com.

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sexta-feira, 1 de maio de 2009




Nascer de novo, a cada ano, é muito perturbador.

Sinto-me como Murilo Mendes:

Reflexão nº 1
Ninguém sonha duas vezes o mesmo sonho
Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio
Nem ama duas vezes a mesma mulher.
Deus de onde tudo deriva
E a circulação e o movimento infinito.

Ainda não estamos habituados com o mundo
Nascer é muito comprido.


Postado por Diário Halotano.