segunda-feira, 13 de abril de 2009




Um monstro! Não como hipérbole da engenharia moderna, sim como metáfora de sonhos infantis. Esta ponte, à noite, no trânsito da Marginal Pinheiros, assemelha-se a um minotauro, com chifres, olhos brilhantes e enormidade descomunal.

Como que se fosse engolir os motoristas, transeuntes, ou o rio sujo de pau d'água. Exigindo de Atenas um primogênito e diversas virgens, como tributo a um deus de mentira, de aparências, personificado.

Fera curvada à direita, esquerda, em volúpias e mortais de costas. Parado, braços erguidos, pesadelo pós-moderno do autoritarismo cimentado.

Que o tráfego passe adiante. Não quero estar aqui quando tudo ruir em cinzas, escombros, pó e destroços submersos. Que a besta não me engula em noite de lua cheia, supersticiosa. Vai, trânsito, vai...

Postado por Diário Halotano.

2 comentários:

Lucas Fernando ( Lukétis) disse...

Cara! Eu entendi!
hahaha
pensei que a idéia desses textos fossem só impressionar com boas linhas e 'tags' espalhadas, mas eu realmente entendi essa e em seguida, todas as outas.
Muito bom carinha, mesmo.

Ricardo Lazok disse...

"Impressionar com boas linhas e tags espalhadas"??
Assim você me ofende.
Entendeu mesmo? Depois você me diz o que sacou!
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