quarta-feira, 3 de dezembro de 2008


Crédito da Imagem: http://www.flickr.com/photos/halo/454058025/.




I dream. I dream I'm floating on the surface of my own life, watching it unfold, observing it. I'm the outsider, looking in. - Dexter Morgan

Imagino-me flutuando em uma metáfora dual. Há ali, do lado de fora, de quem observa, um humano boiando em uma massa sólida. A metáfora se inverte, como um sonho cubista, e o humano se posta ereto, numa zona fluida e fragmentada. Por ora bóia na rigidez, outrora se ergue por entre os estilhaços.

Sente-se, ele mesmo, ator e crítico. Como que sujeito e predicado de sua própria experiência do mundo.

A metáfora se estende e o humano surge como que em partículas minúsculas infinitamente divisíveis. Mais uma vez, do lado de fora, de quem observa, parece haver uma lente fractada, por onde se pode olhar o mesmo humano, porém agregado, como corpo concreto. Por ora se expande em partículas, outrora se une em um só.

Sente-se, ele mesmo, o humano e o observador. Como que unindo duas pontas de uma corda a que chamam existência. E a sua, parece-lhe um arquivo entreaberto, para o qual olha com ansiedade, vislumbra.

O observador e o humano são os mesmos. Vivem uma metáfora partida. Estranham-se. Desassossegam-se. Flutuam. Postam-se eretos. Personificam a metáfora da vida.

Postado por: Diário Halotano

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