sábado, 5 de março de 2011

à deriva...






(...) se os teus olhos fossem o mar, navegaria por eles a vida toda. Investigaria os recônditos de tua alma, secreta, pura, afável e minha.

Cruzaria cada camada do oceano infinito destas águas cristalinas e calmas. Remaria por cada baía e enseada, em busca do porto que me faria feliz o resto dos meus dias.

A nado, sim, a nado, sem medo, circundaria a auréola do verde mar de teus olhos. Passaria horas infindáveis pelos rochedos castanhos, no interior do alto mar.

Até que, carregado pela brisa leve de um piscar de olhos, afundaria no torvelinho do buraco negro do teu olhar. E ali, submerso e pacato, curado de todos os males que me agitam o ser, teria olhos somente para ti.

E só poderias enxergar a mim, a mim, a mim... À deriva... Onde o tempo não passaria mais.

3 comentários:

Lucas Lucas disse...

Obrigado por não parar!

Lucas Lucas disse...

Obrigado por continuar.

Ricardo Lazok disse...

Olha, Lucas, a escrita está por um fio, a cada dia...