segunda-feira, 26 de outubro de 2009




Já é parte integrante da sabedoria popular a eficiência do sabão em pó OMO, para a limpeza têxtil doméstica. Frases de propaganda famosas, como "Porque se sujar faz bem", ficarão ainda na memória coletiva por um tempo. Todavia, mais do que promover a marca saponácea da famigerada Unilever, quero compartilhar hoje uma história...

Era uma vez uma cidade, grande e populosa. Uma cidade na qual os acasos eram todos determinados. Seus munícipes caminhavam sem muita esperança de algo novo e melhor.

Mas, em um ano qualquer, dizem que 2099, eis que quatro desses sujeitos paulistas, como frutos da coincidência, encontram-se em uma mesma empresa educacional, como professores da existência, como inquietos propagadores dos saberes!

Algum tempo se passou, foram-se conhecendo, aos poucos, não timidamente. Entre um aprendiz e outro; entre uma letra, um número; aprendiam que a melhor das filosofias estava no contato, forjado ali mesmo, entre eles, no dia-a-dia, nas conversas, nos intervalos e nas anedotas.

O vínculo aumentou, os interesses comuns fortaleceram o quarteto, a vontade de expandir a amizade para além dos muros da escola foi inevitável. Aconteceu! Logo viam-se nos fast foods da região, sempre no mesmo dia da semana, como que em uma tradição velada, porém fiel.

Da refeição rápida, passaram aos encontros mais intimistas, na morada de um deles, ali perto, como quem deseja estender o tempo, que escoa, e acelera inevitavelmente as nossas vidas... Pães, frios, bolo, café, chá, groselha. Ali se reuniam, no mesmo dia da semana, ao fim de um corredor longo e molhado, limpo como que pronto para as brincadeiras pueris de escorregar e cair.

E como tudo o que é bom e redentor, o grupo cresceu. Claro, para isso, foi quase que necessária a inserção de placas e pinos de metal, mas isso é outra história. A sociedade aumentou, como que motivada pela alegria! Ficou, então, por um lado, mais alta; por outro, mais bela (belíssima eu diria).

Se o corredor era mesmo ensopado com o tal OMO, fica o suspense... Entretanto, a partir dali, os quatro, ao se comunicarem usando o nome da marca, criaram, sem perceber, uma metáfora! Metáfora do encontro! Do prazer! Da vontade de estar junto. Como no "Chocolate", ao sentirem os ventos da quarta-feira, todos eles se reúnem no dia seguinte, sem perguntas, sem confirmações, sem julgamentos... Apenas 6 amigos, imperfeitos sob a delícia dos sorrisos de quem se sente em casa!

Postado por Diário Halotano.

3 comentários:

Fernanda disse...

Vc conseguiu fazer brotar algumas lágrimas nos meus olhos seu merda, rsss... Me emocionou meusmo... Adorooooo....

Quanto ao trecho: "Claro, para isso, foi quase que necessária a inserção de placas e pinos de metal, mas isso é outra história." Quero um texto sobre isso.. hauhsuahusa...

E quem é Belíssima???

Fabio Rodrigues disse...

Quem é belíssima??? Placas e pinos?? Estamos perdido meu amigo..mas estamos felizes! O que importa é essa amizade que todos queremos!!!

Anônimo disse...

"(...) por um lado mais alta(...)"
Valeu Adrianito! Fantástico, não podia esperar menos do professor de hist/geo com o nome mais bonito da paróquia!