Leia como uma Metáfora: O halotano é uma droga bastante utilizada para induzir anestesia geral. Trata-se de um poderoso anestésico de inalação, não inflamável e não explosivo, com um odor relativamente agradável. Após a inalação, a substância chega aos pulmões tornando possível a passagem para o estado anestésico muito rapidamente. Porém, os efeitos colaterais incluem a depressão do sistema respiratório e cardiovascular, sensibilização a arritmias produzidas por adrenalina e lesão hepática.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Sob o efeito do Halotano, o indivíduo fica, obviamente, em estado anestésico. Sente um cheiro agradável e... dorme! O halotano não é desses anestésicos geradores de amnésia temporária, usados por criminosos sexuais. Todavia, deixa seqüelas.
O halotano, como uma noite de ressaca, sugere uma perda temporária das lembranças. Entretanto, a realidade é que não gostaríamos de recordar o que fazemos sob os efeitos dos diversos tipos de "alucenógenos" existentes no mercado (ou fora dele, nas relações entre seres).
O que sobra do halotano? O coração e os pulmões enfraquecem. Arritmia e sufocamento, tum-tum e arf-arf. Onomatopéias dos efeitos da anestesia. Sons metafóricos do "apagamento".
O halotano, como uma mulher, retira-nos da normalidade funcional. E a cada nova descarga de adrenalina, o coração pára e a respiração fica ofegante.
Assim, o halotano é uma metáfora. Da paixão e suas conseqüências. Das desilusões e suas conseqüências. Uma metáfora ampla do "dia seguinte".
Postado por Diário Halotano.
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