segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

LOVE IS A GOD FROM HELL


Imagem: http://oldworldcounterfeit.com/.


Crianças, o amor é um cão vindo dos infernos.
Aprendam com Bukowski. Somente para desaprenderem tudo.
Toda a poesia do mundo morreu com o holocausto?
E quem foi que disse que o holocausto morreu?
São tão ingênuos, em suas vestes politicamente corretas e mania de controle.
Boa sorte!
Não há nada de novo na vida, nada de bom na humanidade.
Respirem, pela última vez, o ar cúprico que os cercam.
Acordem! E morram.
Durmam! E morram mesmo assim, entorpecidos e imbecis.

Mas, nossa, que palavras fortes! Já vi melhores, mas são fortes.
E quem disse que tua opinião me importa?
Quem disse que me interessa quem és tu?
Apodrece no seio de tua paixão suicida.
Desintegra-te no íntimo de tuas vivências simplórias.
Afunda-te nos desejos de teus heróis bufões.
Tolo, ainda tem heróis?
Infante, ainda acredita na providência?
Rio-me de ti e dessas vãs esperanças.
A esperança é a coleira do cão do amor, vindo do meio dos infernos.

Calem-se! Todos!
Não preciso de interlocutor.
Afastem-se! Todos!
Não preciso de companhia.
Saiam! Todos!
Não preciso de audiência.
Fujam! Todos!
Não preciso de seguidores.
Ceguem-se! Todos!
Não preciso de admiradores.
Corram! Todos!
Que eu quero ficar sozinho!

Alguns se apegam a um deus que não existe.
Outros se apegam a um deus que os rejeitou.
Outros não se apegam a porra nenhuma.
Eu me apego a um par qualquer de pernas abertas.
Apenas para soltar como quem cospe na areia do deserto.
E todos se apegam a mim.
Como se de mim saíssem mistérios revelados.
Já alerto esse afeto: Eu me desapego!
Porque o amor é um cão vindo dos infernos!
E eu o tradutor sombrio de seus latidos!

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