segunda-feira, 8 de dezembro de 2008




O que é a escrita automática? O que é esse turbilhão de palavras saltando da ponta dos dedos? O que são os rios que jamais passam por pontes faladas, insistindo em inundações escritas em uma praia estéril?

Que explosão é esta? Que espera é esta? O que acontece no coração, na mente, na testa de quem escreve, chacoalha, deseja movimentos intelectuais precisos e, ao mesmo tempo, consegue-os atabalhoados?

Que cheiro tem a sagacidade? Que cor têm as sensações de pertencimento? Como é o tato de dois seres humanos que se fantasiam sem saber? É mesmo quente o amor? É mesmo fria a tristeza? É mesmo triste estar só? Qual e próxima pergunta?

As perguntas de quem se auto investiga são infinitas. As respostas tendem ao sem-fim. Qual seria a sua inquietação de hoje? Ela existe? Você explode? Você se interroga a si mesmo? Ao menos procura? Perturba-se? Ou prefere o relaxamento, a inércia, a ausência de revelação?

Não sei de você, não sei nada de você, assim como não sabe nada de mim! Porém, sugiro... Pergunte-se sobre você a você mesmo! Interrogue a sua mente até que ela arda em chamas! E descobrirá que as respostas demoram toda a existência para aparecer. E, sabe de uma coisa? Quanto maior a demora, maior é a satisfação!

O tempo é inexorável. O que fará dele?

Postado por: Diário Halotano

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